Um amor verdadeiro Part. 2



[...]
— Não, nós já estamos indo, não é mesmo Diogo? — falei em um tom arrogante novamente, e novamente eu me senti mal por aquilo.
— É sim, estamos indo. — ele me olhou como se não estivesse entendendo, e não estava mesmo. Eu nunca tinha agido de tal maneira com ele. Me senti mal por isso, mas foi involuntária essa atitude grossa, deve ser algo do instinto que a gente tem. Mas instinto do que? Ciúmes? Mas por quê? À não pode ser, será que eu estou me apaixonando pelo meu melhor amigo? 

Tratei de tirar isso logo da cabeça, que absurdo, seria idiota da minha parte algo assim. Ele é como um irmão para mim, ou era pelo menos antes desta coisa nova aqui dentro de mim. De novo a sensação estranha de absurdo aqui dentro. Então prometi a mim mesma que iria arrancar aquilo de mim e tudo voltaria a ser como antes. Eu tentei pelo menos... 

Continuamos os resto da estrada calados, eu pensativa e ele confuso. Podia ver nos olhos dele o que se passava ali naquela cabecinha, que sempre me deu os melhores conselhos. Me senti um tanto quanto  culpada por deixa-lo triste, eu ia tentar concertar...

Chegamos no local do piquenique, arrumamos tudo e nos sentamos em uma roda para colocar todos os assuntos em dia. Foi divertido saber o que acontecera com eles todo esse tempo que passei fora, me rendeu muitas gargalhadas, pena eu não ter muito o que contar de Paris. 

Assim passemos o dia conversando, rindo, se emocionando e melhor, felizes... Não mais feliz porque Diogo se calou muito depois daquilo. Droga, eu queria o ouvir, queria que ele me fizesse rir como fazia antigamente. O que eu havia feito?

Assim que o sol começou a se por arrumamos as coisas e voltamos, novamente eu e Diogo não trocamos se quer uma palavra... Cheguei em casa e corri para meu quarto, precisava desabar ali, sozinha. Mamãe me chamou para jantar mas dei a desculpa de estar cansada e com dor de cabeça, ela não insistiu muito, acho que notou que eu precisava de um tempo só. Dormi muito mal à noite, tive pesadelos e acordei frequentemente.

Pela manhã eu ainda estava mal, então pensei em sair e ir para algum lugar. Sim, eu tinha o lugar perfeito para isso. Desci as escadas rapidamente, passei pela cozinha peguei um maçã e segui em frente, mamãe pediu onde eu estava indo, mas só respondi que ia pensar um pouco, então ela foi até a porta e observou eu indo estrada a fora em uma velocidade desesperada.

Fui até o bosque, achei uma clareira e me sentei na grama. Aquele lugar era magico, eu sentia que a qualquer momento uma fadinha viesse me tocar com a sua varinha de condão e eu me tornaria uma personagem das histórias de contos de fadas, ou que um unicórnio apareceria galopando entre as árvores, sentia como a qualquer momento algo magico poderia acontecer.

Então uma borboleta sentou-se em minha mão e aquilo me fez irradiar alegria, e pensei um pouco alto de mais:
— Agora eu sinto que sou uma princesa de verdade pequena borboleta.
— E será que essa princesa não quer a companhia de um príncipe?
Olhei para trás espantada quase não acreditei no que eu via:
— Diogo?
[...]

Continua....

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