Um amor verdadeiro



Está fazendo um dia lindo hoje. É férias de verão, então hoje eu estou voltando para casa, depois de um longo ano seletivo na faculdade em Paris. Papai e mamãe acharam que seria mais prudente me mandarem para uma faculdade no exterior, renomada em vários países e reconhecimento mundial. Queriam o melhor para minha futura carreira de médica.

Estou com muita saudades de meus pais, e de minha irmanzinha a pequena Izabelly, ou Bellynha, se preferirem. E não poço esquecer da minha cadelinha a Lully, queria a ter levado comigo, mas a escola não permitia nada disso. Estou muito feliz em saber que vou passar dois meses com eles, mesmo isso não sendo o suficiente para mim, é o bastante para que eu tenha boas memórias para o próximo ano. 

Mas estou ainda mais feliz por poder rever meus antigos amigos que deixei em Gouds, uma pequena cidades dos EUA. Mas em especial havia um amigo no qual que fazia mais falta, Diogo, o meu melhor amigo desde minha infância, a gente cresceu junto e nos tornamos melhores amigos, estávamos sempre juntos, compartilhávamos segredos, riamos e chorávamos juntos, brigávamos e fazíamos as pazes um minuto depois. Nunca passou de uma bela amizade, nos considerávamos irmãos. Mas meus pais não entendiam isso, é claro. Talvez tenha sido uns dos motivos pelo qual me mandaram para o colégio interno em Paris. Mas nada me impediria de continuar sendo ele o meu melhor amigo.

Assim que cheguei em casa fui recebida com os latidos de Lully que sempre foi muito escandalosa com visitantes, mas eu não era uma visitante, eu era a sua dona, será que ela não me reconhecia mais? Fiquei um pouco cabisbaixa, mas logo mudei pois ela pulou em mim como se pedisse colo, me abaixei e dei um abraço bem forte. Nisso pude ouvir Bellynha fazendo um alarme chamando pelo meu nome ao sair pela porta e correndo em minha direção, ela grudou em mim como se nunca mais me deixaria sair dali, e eu não gostaria de sair. Então avistei mamãe e papai na porta me esperando. Pedi para Fred, o nosso motorista, que levasse as malas para dentro. Fui em direção de meus pais que me esperavam na porta, mamãe com um sorriso largo e papai, como sempre, calmo mantendo sua postura de rígido. Mamãe me especulou o resto dia, queria saber todos os detalhes de tudo o que aconteceu em Paris.

No jantar mamãe me contou que meus amigos haviam passado ali, um pouco antes de eu chegar, e falaram que amanhã cedinho passariam por aqui para me buscarem para um piquenique. Fiquei eufórica com isso, e nem me contive ao perguntar: 
— E o Diogo? Ele também vem?
Mamãe abaixou o olhar e papai deu uma bocejada, mas mamãe respondeu:
 Sim querida. Ele era o mais eufórico pelo que parecia.
Papai resmungou:
— Não gostou disso.
Mamãe mudou de assunto rapidamente vendo o rumo da conversa. Tarde de mais, a cena que eu vi já havia que colocado para baixo. Mais ainda estava contente por saber que veria Diogo, o meu amigo irmão.

Subi para me arrumar para dormir pois amanhã seria um grande dia. Durante a noite sonhei com meus amigos, estávamos em uma praia e Diogo estava sentado do meu lado. Então meus amigos resolveram ir tomar um banho de mar, eu me neguei pois tenho pavor de mar, talvez seja por ter trauma de quando pequena quase ter me afogado, trauma qual eu nunca me recuperei. Diogo como sempre muito cavalheiro se recusou também para ficar e me fazer companhia. Conversamos por muito tempo, até que nossos olhares se encontraram e algo novo acontecia ali. Fomos nos aproximando devagar e então... "Sophia, acorde Sophia, eles chegaram", era minha mãe me chamando para acordar, esfreguei os olhos e fiquei pensando no sonho, chacoalhei a cabeça e pensei comigo "Está ficando louca Sophia? Sonhar algo assim com o seu amigo?". Me arrumei em alguns minutinhos, não queria que ficassem cansados de me esperar e desci para os ver. Assim que cheguei o primeiro  que eu vi foi Diogo, e uma sensação estranha me tomou por inteira, era uma mistura de alegria e nervosismo, eu tremia, aquilo não era normal, eu nunca tinha ficado assim. Pensei estar ficando louca. Nesse mesmo momento ele me olhou e um sorriso brotou em seu rosto, sorri também, fomos ao encontro um do outro, e selamos aquele momento com um abraço apertado daqueles de urso mesmo. 

Cumprimentei o restante dos meu amigos e seguimos caminho para o piquenique. Eu e Diogo ficamos mais para trás conversando, contando todas as novidades, até ele me surpreender dizendo:
 — Sophia tenho que lhe contar uma coisa, mais não quero que se chateie comigo.
Nesse momento um frio me subiu pelos pés até a cabeça e eu fiquei paralisada. Ele nunca foi assim comigo, ele sempre foi muito direto em tudo o que me contava. O que havia de errado? Ele estava me escondendo alguma coisa? Me senti mal, então ele me perguntou:
— Aconteceu alguma coisa Sophia? Você ficou pálida, assim, tão de repente.
Eu apenas consegui dizer:
— Fala. Me fala o que você tem para contar. — Fui um pouco grossa, mas não consegui ser de outro jeito.
— Bom Sophia, queria esperar um pouco para lhe contar, mas... — Fomo interrompidos pelo pessoas dizendo.
— Você vão ficar ai parados? Estamos com fome, vamos mai rápido.

Continua.... 

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